Acredito que uma ótima forma de começar 2016 é fazendo uma retrospectiva de 2015. Sei que janeiro já está quase findando, mas decidi escrever só agora porque minhas aulas na faculdade recomeçarão em breve, e nada melhor do que o início das aulas – início de uma nova etapa – pra me fazer sentir que outro ano está se iniciando. Eu até ia ali vestir branco para me inspirar, mas acho que o verde que estou usando está de bom tamanho. Afinal, acho que estou precisando mais de esperança do que de paz (risos).
2015 foi um ano belo e ao mesmo tempo difícil para mim. Foi o ano em que iniciei o curso de Letras (curso do meu coração) e, embora eu estivesse ansiosa para isso, doeu-me muito me afastar dos meus amigos, abandonar a minha amada escola, meus amados professores e a minha amada rotina de estudante de Ensino Médio que, embora cansativa às vezes, me desafiava e me fazia feliz. Eu realmente amava todas as disciplinas, inclusive as de Informática, que eram integradas, então ter que escolher apenas um caminho, entre as múltiplas possibilidades que eu tinha a minha frente, foi realmente um martírio!
Nos primeiros dias de aula, eu me sentia estranha e nem um pouquinho universitária. Mas o conhecimento, o carisma e as reflexões dos meus novos professores, aos poucos foram me acalmando e me trazendo a empolgação que eu parecia ter perdido. No entanto, demorou um tempo para eu aceitar que ali seria minha nova casa.
O primeiro semestre foi ainda mais difícil porque minha rotina havia mudado completamente. Eu estava acostumada a passar o dia inteiro na escola, então quando passei a ficar só o período noturno, eu senti um buraco negro dentro de mim, como se algo estivesse faltando. Minha felicidade foi entrar no PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência), embora seja um verdadeiro desafio, e participar de um grupo de estudos sobre Linguagem e Psicanálise. Desse modo, eu passava mais tempo envolvida com a faculdade, o que me deixava mais leve e feliz. Mas eu ainda me sentia deslocada.
No segundo semestre, porém, foi um pouco diferente. Percebendo que o que me faltava era uma agenda cheia, decidi que preencheria toda a minha semana com atividades acadêmicas. Assim, ocupei-me de segunda a sexta, o que me trouxe uma enorme correria, mas também uma enorme felicidade. Na segunda, me inscrevi no curso de Francês e na terça, no curso de Inglês, além de participar de um grupo de estudos sobre Linguística Aplicada. Na quarta, me inscrevi num Projeto de Formação de Corretores. E na quinta e na sexta fiquei envolvida com atividades do PIBID. Ufa. Cansei muito, mas era exatamente o que eu precisava. Finalmente, eu pude sentir que a minha faculdade era o meu novo lar.
Mas, apesar de me sentir deslocada no início, a verdade é que os pontos foram muito mais positivos. Gostei muito da minha turma, inclusive fiz muitas amizades lá. Tive professores maravilhosos em 2015, alguns dos quais já tenho como amigos pra vida, e vivi momentos únicos na faculdade. Mergulhei em um universo de muitas reflexões: linguísticas, políticas, filosóficas, sociológicas… enfim, a faculdade, o meu curso e os professores superaram todas as minhas expectativas. O que me angustiava era não poder morar lá (risos). Agora sei que lá já é minha outra casa e que tenho um ano maravilhoso me esperando.
E talvez você me pergunte: o seu ano se resumiu a faculdade? Na verdade, não (embora quase). Passei ótimos momentos com minha família, cultivei as velhas amizades, criei novos laços, fiz coisas que jamais pensei que fosse capaz ou que jamais pensei que tivesse coragem, li um livro literário todo em inglês… Penso que esse ano também será cheio de atividades acadêmicas, mas espero que eu seja capaz de me aventurar muito mais! Eu poderia contar tudo o que me marcou nos mínimos detalhes, mas reparando o tamanho deste texto, acho que não convém, né? Vou ter que melhorar nesse quesito. Mas, enfim, quanto valeu 2015 para mim? Valeu tudo o que tinha que valer: a pena. Até a próxima, leitores!
Obs: Não sou muito de tirar fotos (o que vejo como algo negativo), então não encontrei uma foto legal para postar. Mas os prints e o paint são minha solução sempre!
Raquel, você escreve tão bem! Que bom que resolveu criar o blog, mas que pena que agora não vou poder te chamar para ser colaboradora do meu. HAUAHAUAHUAHAUHA
Nossa, você falou tanta coisa que me lembrou tanto minha vida acadêmica! Antes de eu começar a trabalhar como administrativo, em 2014, eu vivia na UEG. Colegiados, grupos de estudo, Centro de Idiomas… Eu não saia de lá, sério! Era mais a minha casa do que a minha própria casa. Vivi momentos tão felizes, tanto aprendizado. Que bom que você está se sentindo mais realizada. ^^
Agora me explica esse “Projeto de Formação de Corretores”, porque fiquei bem curiosa. rs
Adorei seu blog, você é muito fofa!
Beijos!
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Nossa, Ju, muito obrigada! Fico muitíssimo feliz que tenha gostado do blog (ainda mais vindo de você, que é uma das blogueiras que mais admiro)! Temos muito o que aprender juntas, principalmente agora que você me abriu as portas da sua casa (hahaha). Esse Projeto de Formação de Corretores foi coordenado pela professora Liliam. Este ano vai continuar, mas acho que ela vai transformar num grupo de estudos, rsrs. A proposta é nos treinar para corrigir provas de Enem, por exemplo. Beijos! E volte sempre, rs.
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